top of page
A close up artistic photography of buildings in Rio de Janeiro

Brasilidades

Eu amei, e amei, e voltei ao mesmo lugar.

Em resposta às saídas que não levam a lugar algum, eu cruzei o Brasil. Depois de sete anos fora, há algo de irreal em estar aqui, como voltar para uma casa onde os móveis mudaram de lugar. Quando você escolhe apagar partes de si para caber em outros mapas, é fácil se perder tentando desenhar um novo contorno. E é justamente aí que o reencontro se torna mais doce: como reconhecer um rosto que você mesmo havia esquecido.

Costumava dizer que não há nada como chegar a um lugar pela primeira vez – olhar tudo com olhos virgens: as pessoas, suas roupas, seus ritmos, os lugares que habitam e aqueles que ocupam por insistência. Mas agora, ao voltar, é como se o Brasil me olhasse de volta. Com olhos fundos, terrenos. Olhos que sabem o que foi apagado, mas seguem chamando esse chão de seu.

!
bottom of page